Lupas (228)
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É a junção de todos os elementos que fazem Godard um gênio, feito de uma forma tão familiar em sua filmografia, mas tão eternamente unica. Pulsa um grito de mudança no cinema e no mundo. Politico; estupido; engraçado; musical; dramático; revolucionário. Juntando isso temos um dos melhores casais da historia do cinema, ambos em atuações magistrais. É uma pena que é tão difícil ver filmes assim atualmente, talvez seja porque apenas um gênio chega onde ele chegou. "O Cinema é um campo de batalha"
Leo | Em 02 de Março de 2020. -
Além de um perfeito estudo de personagem e de uma grito aterrador sobre um estilo de vida feminino, Jeanne Dielman, é sobre o tempo. Não que seja fácil passar das mais de 3h do filme, mas é cada minuto dele que valida a importância do mesmo. Cada instante preso nos rituais e manias dela, depois algo mudando, se distorcendo e se destruindo. Se tornando não apenas uma reflexão da vida, mas um espelho de um julgamento de nossos próprios momentos e rituais.
Leo | Em 28 de Fevereiro de 2020. -
Se o primeiro é o sobre a decida para o inferno; o segundo sobre algum tipo de tentativa de redenção; esse aqui é mais sobre um estado de permanência em um vicio e vida de um personagem impossibilitado de mudança, que perde um pouco mais a cada tragada. Nicolas Winding Refn acerta em fazer um filme que parece mais do mesmo, mas que tem uma camada de um arrependimento permanente que é inovador para a trilogia. O primeiro sendo ainda o melhor...
Leo | Em 27 de Fevereiro de 2020. -
Tem uma estranheza que só poderia vir de uma junção como a de Herzog e Lynch, e mesmo que no começo do filme isso traga algumas cenas até bem toscas, tem uma energia que advêm de uma loucura e de uma mente que se estraçalha. Não é uma loucura glamorizada, é um retrato dessa mente, em seus momentos belos de critica a uma "realidade" que é dita como fato e em seus momentos mais ordinários. Horas isso funciona, horas não...
Leo | Em 25 de Fevereiro de 2020. -
O assunto é interessante, mas é realizado de uma forma tão datada que não é engajante nunca, e todo o seu elenco acaba por ser desperdiçado. As situações mais absurdas acontecem vezes e mais vezes e o filme vai de um drama sobre uma epidemia, para um filme de ação sem graça dos anos 80.
Leo | Em 17 de Fevereiro de 2020. -
Assim como em Dunkirk, 1917, é o louvor pela técnica sem complexidade além da mesma, fingindo ser profundo quando é superficial e se lotando de artifícios que não tem peso a não ser por uma fútil tentativa de imersão. Imersão aqui que é destruída com/por esses mesmos artifícios. Só consegui sentir o peso da câmera, aquele esforço para tentar fazer um estória medíocre estar revestida de algo mais moderno.
Leo | Em 17 de Fevereiro de 2020. -
Em uma cena, que Jack joga um homem de um prédio em um carro, vemos que posteriormente aviam outras pessoas no carro, as da frente mortas, e no banco de trás uma criança. Essa cena, pessoalmente, define o filme. Um personagem que sabe o quão gritante é a corja horrível das pessoas que trabalham com ele e que mesmo sentindo isso e querendo fugir, no fundo é só um pouco menos horrível. Pena que é um personagem que consegue tudo que quer de uma forma meio arbitraria e clichê.
Leo | Em 10 de Fevereiro de 2020. -
Não é fácil conseguir ser simples e realmente profundo, e aqui os irmãos Dardenne acertam no tom de uma forma impecável. Não que simples signifique obvio, já que mesmo com ela, eles conseguem criar algo que nunca se aquieta. As atuações, principalmente do protagonista Jérémie Renier, são monumentais e se ligam ao filme perfeitamente. Daqueles filmes que te fazem ter vontade de faze-los...
Leo | Em 10 de Fevereiro de 2020. -
Tem qualidades, como a atuação de Santoro e a direção que tem vários bons planos, mas no todo os defeitos gritam muito mais que as qualidades. O roteiro é lotado de lacunas e de pontos vitais que não são aprofundados da forma que nos faça se prender ao personagem alem do ato de injustiça. Tocando em vários temas relevantes, sem real profundidade em nenhum. Sem falar uma trilha sonora insuportável... Uma historia super importante que poderia ser melhor passada pra tela.
Leo | Em 07 de Fevereiro de 2020. -
Já faz um tempo que estou me surpreendendo com o quanto Godard se prende em mim, tanto nos seus filmes novos quando numa releitura pessoal de obras anteriores. Aqui é o abstrato em uma linguagem que só ele pode fazer, tocando em tantos temas, com sua unica forma de falar o que sente, que é refletida até nós, por nós, para os outros e para ele como artista. Além dos temas que são muito mais profundos do que eu possa ainda discutir, é inspirador e absolutamente instigante.
Leo | Em 04 de Fevereiro de 2020. -
Não tem nada de ideologia revolucionaria em termos de como realmente mudar as coisas. O grito é primário, de uma absoluta vontade de rebelar-se, de um instinto também animal de ir além de coisas e estruturas, se conhecer e mudar o entorno. Vai se transformando cada vez mais em um surrealismo que expressa essa opressão e tentativa de algo diferente. Um filme para ser discutido, que é feito para não chegar em solução nenhuma.
Leo | Em 03 de Fevereiro de 2020. -
O dialogo feito de um forma muito humana, mais que sobre as conversas é um filme sobre o silencio entre as conversas. Umas conversas bem melhores do que outras, as duas finais são as melhores. Jarmush mostra muito de sua qualidade como cineasta numa trama absurdamente simples que tem força e muita poesia se souber procurar.
Leo | Em 03 de Fevereiro de 2020.