Lupas (228)
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Sua maior virtude não é sobre as consequências eminentes de um ato (como o seu final, que é um passo para trás e meio cafona), mas sim sobre a deterioração de um tipo de vida. Mentiras que já não tem escapatória, mentiras que se expandem para si mesmo; relações; sexualidade; masculinidade; família e etc... Que se condensa com a realidade que se perde num desejo incessante de vitoria e de consumo. O olhar para o excesso é poder ver o final de varias mentiras. Adam Sandler está espetacular.
Leo | Em 02 de Fevereiro de 2020. -
É muito mais que moderno e importante, é permanente. Uma comédia que é para crianças também, sempre delicada; imaginativa; engraçada; mesmo sem nunca deixar de lado toda a importância do que pretende falar e chega muito além. Nos seus melhores momentos, que não são poucos, transcende cinema como obra, nos faz ter a noção mais bela de empatia e faz lembrar porque estamos aqui. Mesmo com toda a beleza e terror sempre podemos achar algum espaço para dançar. Melhor comédia dos últimos anos...
Leo | Em 28 de Janeiro de 2020. -
Começa com uma montagem espetacular. É repleto de grandes momentos, como seu transcendental final, que é muito mais do que parece (só pensar em como somos nós que vemos aquelas imagens no fim e que contexto elas tem no filme). Pena que algumas coisas mais convêm do que são orgânicas na trama; uma fotografia meio sem inventividade; personagens que não passam de esteriótipos; vários momentos em que se algo mudasse um pouco ou se tivessem seguranças em qualquer lugar a trama não teria como seguir.
Leo | Em 28 de Janeiro de 2020. -
"Vocês viram tudo. Viram flashes ou fragmentos. Nos usem como exemplos, tentem se recompor; limpem seu ato; encontrem suas comunidades; se peguem em algum tipo de tentativa de redenção de suas próprias consciências; prestem mais atenção aos seus amigos; seu trabalho; sua própria meditação; sua própria Arte; sua própria beleza; saiam e façam para sua própria eternidade." Pena Scorsese mudar coisas que fazem essa obra mais para um Docudrama que um documentário, mas a essência de Dylan está aqui.
Leo | Em 27 de Janeiro de 2020. -
Elogiar Tom Hanks chega a ser um pleonasmo, ele consegue trazer uma delicadeza palpável em um personagem que facilmente poderia cair no caricato. Conjunto a sua atuação está o lado mais bem trabalhado do roteiro. Queria que o filme fosse só dele para nos aprofundarmos ainda mais nele, não que a estoria secundaria não seja engajante, mas não tem todo o charme que se poderia ter.
Leo | Em 23 de Janeiro de 2020. -
Importante quando abrange varias estórias que se chocam com a prioridade de cada individuo, um reflexo do problema social que os Estados Unidos enfrenta. Cada um tem sua verdade, sobre a historias de si mesmo e de sua terra, mas enxergar a fundo seus próprios erros é algo difícil. Aqui, vemos os personagens sendo forçados ou forçando mudanças. Embora importante, não funciona como poderia pela sua direção sem muita inspiração; um roteiro forçado e atuações (tirando Cooper) bem ordinárias.
Leo | Em 22 de Janeiro de 2020. -
É uma boa olhada para um lado de uma historia, onde no centro se vê um pais dividido e muitos erros de todos os lados. Funcionando bem quando tenta mostrar o pessoal da diretora misturado com a narrativa, mas, embora tenta não parecer, é tendencioso ao diminuir erros de um dos lados...
Leo | Em 20 de Janeiro de 2020. -
Evidencia o poder da comedia e a hipocrisia capitalista, ocidental e, por que não, humana em um retrato sobre a ascensão e decadência de um homem. Hoffman esta totalmente correto e a montagem com a direção de Fosse são um primor que nos faz entrar no universo do filme. Umas piadas e discursos mais ultrapassados, outras ainda relevantes em um mundo cada vez mais consumista.
Leo | Em 15 de Janeiro de 2020. -
Sua maior força não está apenas nos números musicais bem filmados, mas em como eles transcendem o roteiro e juntos criam algo a mais. O nazismo aqui não é apenas explorado como um marco na Alemanha, mas como uma repressão sexual e cultural que se abrange muito mais do que parece (ainda mais pensando na época dos USA), fazendo a ironia de Fosse, como sempre, brilhante. Um espetáculo tão consciente de si e que reverencia o que é liberdade e amor. "A vida é um Cabaré"
Leo | Em 09 de Janeiro de 2020. -
Sua primeira meia hora é um primor em todos os sentidos, técnica perfeita, atuações viscerais, um subtexto sobre a corrupção pelo poder e uma violência que choca, mas que serve não só como a verdade de um sofrimento, mas como um entendimento para uma violência que ainda é real e cuja as raízes são muito mais profundas do que realizamos normalmente. Pena que vai se perdendo em uma falta de sutileza no dialogo e em convenções que não eram necessárias para entendermos a importância da obra.
Leo | Em 08 de Janeiro de 2020. -
Não a nada de novo aqui, e o que já é antiguado não funciona. Personagens que são uma sombra dos reais, envoltos em caricaturas e cada um representando uma coisa super definida, com um arco obvio. Em nenhum momento consegui torcer para a Ford, que no filme é um espelho da arrogância americana e do Capitalismo, e quando tentavam me fazer gostar dos personagens, essa caricatura me afastava. A trilha sonora ressoa junto com o roteiro uma cafonice gigante. Direção boa na corridas, mas apenas lá.
Leo | Em 06 de Janeiro de 2020. -
Almodóvar acerta na delicadeza que exprime a alma de seu personagem, com um forte teor autobiográfico ele atinge não só o cineasta e o personagem, mas faz cinema puro, onde um se mistura com o outro através do audiovisual e das memorias. Uma carta de amor tanto ao cinema (e seu próprio cinema), as pessoas que passaram em sua vida e a si mesmo.
Leo | Em 03 de Janeiro de 2020.