Lupas (317)
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Não ensinaram Aronofsky que o simbolismo e seu referente não bastam para fazer cinema. Tão rico de significados quis ser, tornou o filme uma sucessão de ligações religiosas ora abjeta, ora exaustiva. Lawrence se resume à respiração ofegante e gritos.
Felipe Leal | Em 02 de Outubro de 2017. -
Não tivesse mantido o ritmo cartunesco o filme inteiro, a picaretice de se utilizar de personagens abertamente funcionais e deixar que a trama corresse sem freios ou apreço por alguma lógica racional iria por água abaixo. Tem cenas espetaculares de ação!
Felipe Leal | Em 02 de Outubro de 2017. -
Não sei se é mais instigante a possibilidade de que toda uma trama de alarde nacional pode muito bem ser mentira o tempo inteiro, ou a inventividade do roteiro em tornar um filme relativamente curto uma história de amor à beira do fim do mundo.
Felipe Leal | Em 02 de Outubro de 2017. -
A escória de Nova York para além do Upper East Side: dezenas de gangues multirraciais e multi-étnicas em conflito sangrento e explosão sexual ao mesmo tempo. Ou: uma porrada de adolescentes espinhentos num coming of age morno, mas divertido e melancólico.
Felipe Leal | Em 30 de Setembro de 2017. -
Maurieur estuprada (pobre Hitchcock, também) para espremer toda uma narrativa que podia ser ABSURDA de mise-en-scène, caminhos e dúvidas, mas acaba uma historieta previsível e hiper-batida, com plot twists de enjoar. Rachel Weisz nunca tão subaproveitada.
Felipe Leal | Em 30 de Setembro de 2017. -
A negatividade de Coppola, que já funciona horrivelmente desde Somewhere, aqui é ainda mais incômoda. O filme é asséptico, insosso, não há sexualidade ou contexto convincente, as relações são pouco críveis... tudo se resume a um joguinho de menininhas.
Felipe Leal | Em 24 de Setembro de 2017. -
O apelo nostálgico, já fracamente anunciado, fica em terceiríssimo plano diante de um filme de horror qualquer: a fórmula se resume a sustos, um lema tolinho de união e um punhado de pretextos pouco criativos. Curiosamente, o humor é o trunfo da obra.
Felipe Leal | Em 24 de Setembro de 2017. -
Típico documentário que se apresenta como fonte de riqueza "informacional" sobre a vida-arte de um homem, mas, enquanto estrutura, não sai lá muito das tradições. Ainda assim, tem alguns procedimentos interessantes, como retirar o rosto da voz que fala.
Felipe Leal | Em 22 de Setembro de 2017. -
A estrutura tripartida não enquanto exercício tolo de fragmentação temporal: antes a pressurização que levará a uma situação-limite cujos caminhos jogam o tempo inteiro com o espectador. Ainda que um disparado, o final é um prato lindo de desmistificação.
Felipe Leal | Em 22 de Setembro de 2017. -
Lynch se utilizando do digital para expandir o horror à proximidade do cru, sem perder em pungência estética ou tornar a experiência um desprazer artesanal. Todos os elementos da sua autoria mais que vivos e um ganho narrativo aos seus circuitos de tempo.
Felipe Leal | Em 13 de Setembro de 2017. -
Quem conseguiu imortalizar o joguete "nozes aos esquilos e esquilos às nozes" merece toda a eternidade do Cinema.
Felipe Leal | Em 13 de Setembro de 2017. -
Não sei o que convenceu menos: a atuação de Delevingne e Rihanna, o plot romântico entre os protagonistas, o plot twist malandrinho no final ou a sensação prévia, durante as ramificações sem-fim da trama, de que tudo ia acabar muito mal. Dinheiro no lixo.
Felipe Leal | Em 14 de Agosto de 2017.