Lupas (504)
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O ritmo da narrativa é dinâmico, muito devido à montagem afiada, com a câmera pegando cada detalhe dos personagens: cada gesto, cada olhar, cada diálogo. Além da fluidez, isso faz a história fugir de maniqueísmos e gerar dúvidas, tornando o embate no tribunal muito tenso. Afinal, quem tinha razão jurídica (e/ou moral)? Detalhe para George C. Scott em atuação monstruosa!
Lucas Santos | Em 11 de Fevereiro de 2022. -
Showgirls é uma das provas de que Verhoeven é mestre em extrair tudo que um filme pode oferecer: com roteiros medianos faz um material espetacular e com roteiros fracos faz obras medianas (ou boas, mas nem tanto); aqui está o segundo caso. Elizabeth Berkley destrói.
Lucas Santos | Em 11 de Fevereiro de 2022. -
Romance apressadíssimo e sem pé nem cabeça, com roteiro de investigação insípido. Tirando a primeira cena, é tudo uma farofada, em especial o final do filme.
Lucas Santos | Em 11 de Fevereiro de 2022. -
É das obras mais difíceis de se descrever, levando em consideração sua organicidade em relação à metalinguagem do cinema e a arte como um todo; a sexualidade, a religião, a ciência, a perversão... Intenso em sua crítica e único ao misturar as ideias de forma elementar, sem cair em maneirismos. Ouso a dizer que nesse filme - sem perder totalmente o olhar externo - é o mais próximo que podemos estar, de fato, dentro da mente de um personagem.
Lucas Santos | Em 11 de Fevereiro de 2022. -
O melhor filme do diretor (o que não quer dizer grande coisa) se sustenta em uma linguagem sádica fantasmagórica de certa forma interessante, mas a sua maior força é na estética espetacular, além da trajetória mais cuidadosa e com menos exagero, apesar de ainda presente.
Lucas Santos | Em 10 de Fevereiro de 2022. -
'Meu amor, ele É um idiota.'
Lucas Santos | Em 10 de Fevereiro de 2022. -
O afeto entre Félicie e Charles é muito apressado no início do filme, o que atrapalha e muito o restante, já que não tivemos contato com o casal - vira um 'tanto faz' se eles voltarem -. Sobra espaço, então, para dois romances muito desinteressantes, então não conseguimos embarcar em nenhum dos três relacionamentos, o que torna a história enfadonha. Eric Rohmer poderia ter aguçado muito melhor nosso arrebatamento, mas o resultado é um filme pálido.
Lucas Santos | Em 10 de Fevereiro de 2022. -
O início nos faz ter pouco apreço pela mãe, soando gratuito o que seria um choque em outro momento. A outra raposa do filme também tem pouco tempo de tela, e algumas trapaças contraditórias e rápidas aborrecem também. O carisma dos personagens, no entanto, compensa em partes esses furos; e a mensagem da amizade e do ser humano selvagem é interessante. Bonito filme.
Lucas Santos | Em 09 de Fevereiro de 2022. -
É um filme politizado, com tema praticamente atemporal. A narrativa, porém, possui um tom teatral com excesso de poesia (?), mesclado com imagens aleatórias, por vezes bem repetitivas, jogando em nossa cara as mazelas brasileiras, o jogo de poder e o vazio no sentido de solucionar nossos eternos problemas. A experiência de assistir é desagradável, mesmo gostando muito de História/política, porque há um experimentalismo flácido, o que, nesse caso, representa um trabalho em círculos.
Lucas Santos | Em 09 de Fevereiro de 2022. -
O terceiro ato do filme praticamente abandona a parte sensorial até então, partindo para um caminho mais de ação do que terror propriamente dito. Isso, porém, não estraga tudo porque o início possui um clima propício de medo. A câmera na mão do diretor permite alguns sustos genuínos, mas parece que Lucio Fulci esquece de dirigir as atuações (ou escolher melhor o elenco). De qualquer forma, compensa assistir.
Lucas Santos | Em 09 de Fevereiro de 2022. -
O que seria um dos piores filmes do mundo é salvo por Lázaro Ramos. Que orgulho ter esse cara como um artista brasileiro; é sempre uma honra vê-lo em cena.
Lucas Santos | Em 09 de Fevereiro de 2022. -
A melhor cena do filme é Paulo Miklos olhando para a câmera.
Lucas Santos | Em 08 de Fevereiro de 2022.